Olá, meu nome é Caterina, tenho 18 anos e moro em Milão. No verão de 2023, fui Au Pair na Bélgica, mais precisamente na cidade de Waterloo, a meia hora de trem do centro de Bruxelas.  

Depois de várias buscas, no final de maio, fui contatada pela família que me hospedou e, no início de julho, parti. Eu não sabia o que esperar, nenhum dos meus conhecidos já tinha sido Au Pair, só tinha lido alguns testemunhos na Internet, mas estava muito ansiosa para partir para essa experiência.  

Minha Família Anfitriã, que já havia hospedado Au Pairs com as quais me colocaram em contato, era composta pelos dois pais, o pai americano e a mãe italiana, uma menina de um ano e meio, dois gatos e dois cachorros que foram muito acolhedores desde o início. Durante o primeiro fim de semana, passei muito tempo com a família para nos conhecermos e eles me mostraram a cidade, os supermercados, os parques e outros lugares que eu poderia visitar durante minha estada.  

Minha rotina consistia em cuidar da criança por volta das 9h às 18h30, o que incluía tomar o café da manhã com ela, passar a manhã juntas, almoçar e deixá-la tirar uma soneca, que podia durar até 3 horas, nas quais eu tinha liberdade para usar meu tempo em casa, e depois fazer as atividades da tarde até que a mãe voltasse para casa. Em particular, a principal solicitação da família era que eu falasse italiano com a criança, dada a origem da mãe. Além disso, a família me deu a oportunidade de participar de um curso de francês, o idioma oficial da Valônia. 

Os primeiros dias foram definitivamente desafiadores, eu estava sozinha em um lugar novo e não tinha experiência com crianças tão pequenas, não sabia como organizar atividades adequadas para essa idade e os dias eram cansativos. Após a primeira semana e depois de receber muitas sugestões dos pais, comecei a me sentir cada vez mais confortável e os dias começaram a fluir com mais serenidade, aprendendo com os erros que cometia, pois era minha primeira experiência.  

A família foi muito prestativa em todas as minhas necessidades e me incluiu em diferentes atividades, por exemplo, cerca de duas vezes por semana eu ia a uma academia de escalada com o pai e a filha, uma experiência que eu provavelmente nunca teria feito sozinha, mas que gostei muito e me permitiu criar um vínculo maior com o pai.  

Além disso, eu tinha todos os fins de semana livres e uma coisa que eu realmente apreciei foi que a família me deu um passe ilimitado para o sistema de trens, que é muito eficiente na Bélgica; a estação ficava a poucos minutos de casa e me permitiu visitar todas as principais cidades belgas com conforto de trem: Gent, Bruges, Dinant e muito mais.